Exame de cortisol: por que meu médico pediu para fazer?

O exame de cortisol tem como principal objetivo avaliar possíveis problemas nas glândulas suprarrenais ou com a hipófise, principais produtoras do hormônio cortisol. Dessa forma, quando são constatadas alterações nos valores normais, pode significar alguma disfunção nas glândulas, bem como a possibilidade de doenças, incluindo a Síndrome de Cushing e Doença de Addison.

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O hormônio cortisol tem uma importante função no metabolismo das proteínas, lipídios e hidratos de carbono. Dessa forma, ele atua: 

  • no controle dos níveis de glicose no sangue; 
  • na manutenção da pressão arterial; 
  • na diminuição de inflamações e 
  • na regulagem do sistema imunológico. 

Além disso, o cortisol também é conhecido como o “hormônio do estresse”, pois ele aumenta em situações de estresse e ansiedade.

Indicações para o exame de cortisol

O exame de cortisol é feito por meio da coleta simples do sangue do paciente ou pelo exame de urina. Sendo assim, é possível avaliar o nível do hormônio em exames de check-up, bem como em análises específicas solicitadas pelo médico. Normalmente, os médicos solicitam a coleta às 8h ou 16h, pois nesses horários há um pico desse hormônio. Os exames podem ser solicitados diferentes horários, de acordo com a indicação do médico. Não é necessário fazer jejum. 

O exame de cortisol é indicado para pessoas de todas as idades, incluindo mulheres grávidas. Além disso, quem apresenta sintomas relacionados com a Síndrome de Cushing deve, além de procurar um médico, realizar periodicamente o procedimento. São sintomas recorrentes de taxas elavadas ou baixas de cortisol:

  • aparecimento de listras roxas no abdômen;
  • perda anormal de massa muscular;
  • fraqueza e indisposição;
  • ciclos menstruais irregulares;
  • atraso no desenvolvimento e baixa estatura (em crianças);
  • hipertensão e hiperglicemia;
  • manchas escuras na pele (Doença de Addison).

Os níveis de cortisol são apresentados em microgramas, e os valores de referência são: 

  • atutino (entre 7 e 9 horas): de 5,3 a 22,5 mcg/dL
  • Vespertino (entre 15 e 17 horas): de 3,4 a 16,8 mcg/dL 

O uso de medicamentos contendo estrogênio ou similares pode interferir na dosagem laboratorial do cortisol. 

Cortisol: o hormônio do estresse

Em situações perigosas, o organismo libera o cortisol naturalmente, em conjunto com uma substância conhecida como adrenocorticotrófico, que é responsável por enviar um sinal para as glândulas suprarrenais, informando que há uma “ameaça”. Ou seja, é uma forma de nosso próprio corpo avisar a possibilidade de perigo.

Mas o estresse pode ser um dos responsáveis pelo aumento dos níveis de cortisol no sangue. Isso porque em situações estressantes, a adrenal aumenta a produção de cortisol, mas, com a permanência desses estímulos, a própria glândula irá se dessensibilizar e parar a produção hormonal. 

No entanto, se o indivíduo é exposto a situações de estresse constantemente, o quadro pode piorar, com sintomas mais graves, incluindo insônia, depressão, fibromialgia, fadiga crônica, aumento do risco de doenças cardiovasculares e baixa imunidade.

Portanto, apesar de ser um hormônio importante para o nosso corpo, os níveis elevados de cortisol não somente indicam a possibilidade de doenças, mas também, que estamos passando por momentos de muito estresse e é preciso equilibrar as nossas vidas. Afinal, o excesso de estresse não é benéfico para a saúde.

Por esse motivo, é sempre bom dar uma olhada nos níveis de cortisol do nosso corpo. O exame é simples e pode ser realizado pela LabVW, nas unidades de Nova Trento, Blumenau, Brusque ou São João Batista. O agendamento é simples e pode ser feito pelo formulário ou WhatsApp.

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