Você já deve ter conhecido alguém que tem pavor de tomar vacinas ou tirar sangue, não é mesmo? Apesar de associarmos essas práticas às crianças, adultos também podem ter muita dificuldade na hora de receber vacinas ou realizar exames de sangue. Muitas vezes, esse pânico todo está associado a uma fobia bastante comum: a aicmofobia, que nada mais é que o medo de agulha.
Em muitos casos, o medo de agulha é tão grande que a pessoa chega a tremer e ter crises de ansiedade! Por esse motivo, é importante procurar um tratamento adequado. Afinal, uma vez ou outra vamos ter que realizar exames de preventivos e rotina, além de tomar medicamentos por injeção.
Ouça este conteúdo
Neste artigo falamos mais sobre o medo de agulha e apresentamos algumas dicas para superá-lo. Confira!
Medo de agulha tem tratamento?
Assim como a maioria das fobias, é possível tratar o medo de agulha. Associada com aspectos psicológicos, a aicmofobia é controlável e quem sofre desse mal pode seguir a vida normalmente – inclusive, tirando sangue e tomando injeções.
De acordo com o Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), as fobias acometem a vida de 13% a 20% da população mundial – incluindo o medo de agulha. Mas, nem tudo é realmente uma fobia. Às vezes, a pessoa só está receosa pela dor.
Isso porque a fobia, quando diagnosticada, é vista pelo despertar de respostas típicas de um ataque de pânico. Isto é, a aicmofobia pode causar prejuízos funcionais para o indivíduo, com interferência em suas atividades, relacionamento e na saúde. Indivíduos com aicmofobia grave podem deixar de tomar injeções e realizar exames importantes pelo medo de agulha.
E as vacinas são muito importantes: para viagens internacionais, por exemplo, é obrigatório apresentar a carteira de vacinação em dia. Por medo de agulha, muitas pessoas deixam de conhecer novos países ou buscar novas oportunidades no exterior.
A Revista Diabetes Technology & Therapeutics mostrou em seus estudos que 51% dos pacientes com diabetes tipo II retardam o início do tratamento, especialmente por medo de agulha. O tratamento para diabete exige a aplicação de insulina, realizada pelo próprio diabético com uma agulha. Na mesma publicação, também constatou-se que 94% dos pacientes que fazem algum tipo de tratamento sentem medo em cada aplicação.
Então, como superar o medo de agulha?
Em primeiro lugar, é preciso tratar também a ansiedade. Segundo a Associação Psiquiátrica Americana (APA), cerca de 80% dos pacientes que apresentam fobias são curados com tratamentos psicológicos e medicamentosos (quando indicado) adequados. Porém, desses pacientes, 50% deles podem ter uma recaída, por não seguirem o tratamento completo.
Por isso, é importante ter paciência. Em casos de melhora, não é aconselhável parar o tratamento. Cada caso deve ser analisado e o médico recomendará a técnica adequada para a fobia. Contudo, alguns métodos são muito usados para superar o medo de agulha e demais fobias. Confira:
- Hipnose ericksoniana: consiste em um método individualizado de hipnose, ou seja, adaptado à personalidade de cada indivíduo. Por meio dessa técnica, o paciente é visto como principal responsável pela reversão de seus conflitos, tendo contato com o que está no inconsciente.
- Dessensibilização sistemática: consiste na exposição gradual ao objeto fóbico, por meio de repetição e prática. Com isso, pretende-se reduzir o medo de agulha, através de ajuda terapêutica.
- Terapia Cognitivo-Comportamental: consiste em uma técnica de gestão dos pensamentos negativos. A partir de estratégias orientadas pelo terapeuta, o paciente transforma o seu medo de agulha em algo positivo.
Procure ajuda
Não tem problema nenhum sentir medo; não se sinta desconfortável ou envergonhado com isso. Contudo, é importante procurar o tratamento adequado. Se o seu medo de agulha está interferindo nos cuidados com a saúde, você deve procurar ajuda. Converse com amigos, familiares e busque orientação médica.
No LabVW, os profissionais estão disponíveis para tirar suas dúvidas e lhe ajudar a se sentir confortável sobre a coleta. Além disso, contamos com um moderno sistema de coleta de sangue, que torna o procedimento mais rápido, seguro e prático. Saiba mais no vídeo com a Adriana Sedrez, farmacêutica Responsável Técnica do LabVW.