Compreender os sintomas da gota é fundamental para evitar possíveis complicações da doença. A gota consiste em uma doença inflamatória que acomete as articulações em situações em que a taxa de ácido úrico presente no sangue indica níveis acima do normal, ao que denominamos hiperuricemia.
Sintomas da gota
O aumento da concentração de ácido úrico no sangue leva à deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações. Assim, é possível que haja inflamações seguidas de dor e inchaço, especificamente o dedão, joelhos e tornozelos. Dessa forma, a gota se caracteriza por ataques recorrentes de artrite aguda, provocados pela precipitação de cristais de ácido úrico, principalmente nos espaços articulares. Os principais sintomas são:
- dor frequente que, geralmente, se inicia na madrugada e segue intensa até o paciente acordar;
- embora qualquer articulação possa ser afetada, principalmente os membros inferiores, o polegar é a articulação mais acometida nas primeiras crises;
- a articulação afetada provocará bastante dor e presença de calor, vermelhidão e inchaço;
- formação de cálculos, seguidos de cólicas renais e depósitos de cristais de ácido úrico abaixo da pele, formando protuberâncias nas orelhas, dedos, cotovelos, joelhos e pés.
Manifestação da gota
A gota é caracterizada pelo aumento das taxas de ácido úrico no sangue, que pode acontecer pela produção excessiva ou eliminação deficiente dessa substância. Assim, é importante ressaltar que nem sempre que a taxa de ácido úrico estiver elevada, a gota será desenvolvida.
A maioria das pessoas acometidas pela doença são homens adultos, com idade entre 40 e 50 anos, principalmente os indivíduos com sobrepeso ou obesos. Dessa forma, uma vida sedentária e o uso desenfreado de bebidas alcoólicas são fortes indícios do desenvolvimento da doença. No caso das mulheres, geralmente, estas só desenvolvem a gota após a menopausa, próximo aos 60 anos.
Alguns fatores de risco são indicadores para desencadear uma crise de gota em pessoas hiperuricemias:
- abuso de bebidas alcoólicas, principalmente vinho tinto e cerveja;
- dieta rica em purina;
- traumas físicos;
- cirurgias;
- quimioterapia;
- uso de diurético.
Tratamento
O diagnóstico da gota é baseado na história clínica do paciente. Juntamente a isso, outros exames poderão ser associados ao diagnóstico, demonstrando os níveis elevados de ácido úrico no sangue, como radiografias e dosagem de ácido úrico da urina.
Em relação ao tratamento, não há uma cura definitiva para o problema. No entanto, o tratamento irá diminuir a dor e a inflamação das crises acentuadas, além da correção da hiperuricemia, o que evitará lesões futuras nas articulações. Por isso, a gota é uma doença que não interfere na qualidade de vida do paciente, se for controlada sob acompanhamento médico. Algumas ações de controle da doença podem ser:
- evitar os fatores desencadeantes ou que levam à formação de ácido úrico;
- aumento da ingestão de líquidos que otimizam a taxa de fluxo urinário;
- uso de colchicina, antiinflamatórios ou associação de ambos;
- as medicações devem ser mantidas a longo prazo, mesmo após as crises;
- cirurgia, quando a função articular for drasticamente comprometida.
Ainda assim, é importante lembrar que as medicações devem ser feitas sob acompanhamento médico. Além disso, devem ser revistas em pacientes com hipertensão, ulceração péptica, insuficiência renal ou gastrite.