A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde do mundo. Segundo a entidade, o mapa da obesidade vem crescendo em todo o mundo, com estimativa que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos tenham sobrepeso e mais de 700 milhões, obesos. No caso das crianças, esse número pode chegar a 75 milhões.
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No Brasil, dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostram que mais da metade dos brasileiros está acima do peso. Em paralelo, houve o aumento no número de doenças como diabetes (8,9%) e hipertensão (25,7%).
Diante desses números, a obesidade é considerada uma epidemia a nível mundial, que está presente tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. Esse quadro é resultante das mudanças no estilo de vida, oriundas, principalmente, da urbanização e industrialização.
Passou-se a se consumir alimentos com maior densidade energética, incluindo carnes, leites e derivados ricos em gorduras. Inversamente, há redução do consumo de frutas, cereais, verduras e legumes. Como consequência dos hábitos alimentares prejudiciais e do sedentarismo, uma série de doenças vem aumentando e, como muito delas são crônicas, a saúde da pessoa nunca mais volta ao normal.
Conheça as doenças mais comuns associadas à obesidade e saiba como tratar essa condição antes que cause outros problemas de saúde.
Quais doenças a obesidade pode causar?
A obesidade pode causa incapacidade funcional, redução da qualidade e expectativa de vida, bem como aumento da mortalidade. Por esse motivo, é preciso estar atento aos sinais relacionados com o sobrepeso e a obesidade.
Entre as anormalidades mais comuns em pessoas obesas estão a associação com condições crônicas, como doenças renais, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e apneia do sono. Pois é, a obesidade pode prejudicar até mesmo o nosso sono!
Além disso, entre as doenças mais comuns para quem tem obesidade, estão:
- hipertensão arterial;
- diabetes mellitus tipo 2;
- distúrbios do colesterol e triglicérides;
- doenças cardiovasculares e insuficiência cardíaca.
Em comum, essas doenças dividem o fato de não terem cura. Portanto, devem ser monitoradas e controladas por toda a vida.
Obesidade pode causar câncer?
Diversos estudos apontam para o risco do desenvolvimento de câncer em pessoas obesas. O exemplo recorrente é o câncer endometrial de tipo I. Além disso, uma pesquisa da UFRGS identificou que de 81 mulheres com câncer ovariano avaliadas, 31% tinha obesidade. Claro que outros fatores também influenciam no agravamento da doença, no entanto, altos valores de Índice de Massa Corporal (IMC) podem aumentar a probabilidade de câncer, o que foi observado em casos como o câncer de mama.
Como tratar a obesidade?
Parece senso comum, mas não é. A obesidade é tratável com uma dieta balanceada e exercícios físicos. Não tem segredo: é preciso observar o que comemos, o quanto comemos e praticar atividades.
O Ministério da Saúde também adotou ações para controlar a epidemia de obesidade no Brasil, em torno de três objetivos: reduzir o aumento da população obesa, através de políticas de segurança alimentar; diminuir em pelo menos 30% o consumo de refrigerantes e sucos artificiais; e, finalmente, aumentar em 17,8% o número de pessoas que consomem frutas e verduras.
Para isso, foi produzido o Guia Alimentar para a População Brasileira, com dicas alimentares e ações para substituir o consumo de produtos industrializados por alimentos naturais, com menos processamento.
Para iniciar o tratamento contra a obesidade, é importante que você tenha todos os seus exames em dia, para que o especialista possa indicar uma dieta de acordo com as suas necessidades.
Conte com o LabVW para realizar seus exames, nas unidades em Brusque, Blumenau, São João Batista e Nova Trento. Você pode, também, solicitar atendimento domiciliar.