O exame de glicemia, basicamente, mede o nível de açúcar no sangue. Em se tratando do diabetes, ele revela a dosagem de glicose para o acompanhamento da doença.
Não é normal os médicos pedirem para os seus pacientes realizarem o exame de glicemia para o diagnóstico de hipoglicemia. Contudo, também é possível diagnosticar a condição a partir da verificação do nível de glicose no sangue. O exame pode ser indicado pelo profissional como parte do check-up de uma consulta, principalmente porque o diabetes pode permanecer assintomático por muito tempo.
Alguns sintomas ou condições que podem levar o profissional da saúde a pedir o exame de glicemia para uma investigação mais profunda são:
- urinar várias vezes durante o dia;
- sede intensa;
- perda de peso, mesmo com a ingestão regular de alimentos;
- glicemia fora do jejum maior que 200 miligramas por decilitro (mg/dL);
- sintomas de desidratação;
- tonturas recorrentes;
- mal estar, como a dor abdominal;
- fome exagerada;
- náuseas;
- desmaios ou comas;
- alteração na dosagem do medicamento para tratamento do diabetes;
- parente de primeiro grau que sofreu com diabetes.
Requisitos para fazer o exame de glicemia
Não existem contraindicações para o exame de glicemia, mas são necessários alguns cuidados no dia do exame, como:
- jejum de oito horas, com ingestão moderada de água;
- crianças até três anos podem fazer jejum de três horas;
- crianças de três a nove anos podem fazer jejum de quatro a cinco horas;
- Caso o paciente esteja em tratamento para o diabetes, o jejum pode não ser necessário. E o exame precisa ser feito antes da próxima dose de insulina;
- evitar a ingestão de qualquer medicamento durante o período de jejum, pois eles podem interferir no resultado.
Antes de interromper a medicação, converse com seu médico. Caso você não possa, ele levará isso em conta quando for analisar os resultados do exame. Além disso, é importante manter a alimentação normal até o início do jejum.
Contudo, no dia anterior ao exame, evite:
- exercícios físicos de alto impacto;
- ingestão de cafeína em grande quantidade;
- ingestão de bebida alcoólica.
Como é feito o exame de glicemia
Após o período de jejum, orientado conforme a idade, determinada quantidade de sangue do paciente é colhido em um laboratório de análises clínicas. Essa quantidade de sangue será dosada em uma máquina automatizada para verificar a glicemia. Geralmente, é um resultado rápido, que pode ser liberado entre 30 minutos ou até 24 horas, conforme as orientações do laboratório.
Possíveis complicações e riscos inerentes ao exame de glicemia
Os riscos que envolvem o exame de glicemia são iguais a todos os exames de sangue, como hematomas ou lesões decorrentes de uma coleta dificultada. O paciente pode sofrer, também, com tonturas decorrentes do tempo de jejum.
Realize check-ups sempre que solicitado
O exame de glicemia precisa ser realizado em pacientes com diabetes tipo 1 ou 2 a cada três meses, em média, mas a frequência pode variar conforme a necessidade do paciente. Para as pessoas que não tem a doença, é indicado que sempre realizem o exame de glicemia quando o médico solicitá-lo.
Resultados do exame de glicemia
Os resultados do exame de glicemia irão indicar se o paciente está, ou não, com hiperglicemia. Caso os resultados estejam acima do normal, o exame pode ser feito novamente em uma outra data. Desta forma, tem-se a segurança de que os números estão mesmo anormais.
É considerado com um resultado normal o exame de glicemia com valores entre 65 a 99 mg/dL.Em um resultado anormal, os valores ficam entre 100 mg/dL e 125 mg/dL. Um novo exame deve ser feito nestes casos.
Já os exames com valores acima de 126 mg/dL são bastante críticos, mas também devem ser repetidos em uma outra ocasião. Dois valores maiores ou iguais a 126 mg/dL com, no mínimo, 8 horas de jejum, já podem ser considerados um diagnóstico de pré-diabetes.
O exame com valor acima de 200 mg/dL não precisa ser repetido para determinar que a pessoa é diabética. No entanto, outros sintomas do paciente devem ser avaliados e outros exames podem ajudar no diagnóstico, como o de hemoglobina glicosilada e o de curva glicêmica.