A enxaqueca se caracteriza por uma intensa dor de cabeça unilateral e pulsátil, persistindo por horas ou mesmo dias. Essa condição afeta milhões de pessoas no mundo, principalmente jovens e mulheres.
Além da própria dor de cabeça, são sintomas comuns como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som. A enxaqueca pode ser incapacitante, impactando adversamente a qualidade de vida, a produtividade e o bem-estar emocional. A enxaqueca é reconhecida como a sexta doença mais incapacitante no mundo.
Embora as causas da enxaqueca não sejam totalmente específicas, fatores genéticos, hormonais e ambientais influenciam um papel na ocorrência das crises. Estresse, falta de sono, certos alimentos e alterações hormonais são gatilhos que podem desencadear episódios de enxaqueca. A duração de uma crise de enxaqueca pode ser muito prolongada, podendo chegar a 72 horas.
Apesar de não haver uma cura definitiva para a condição, é possível controlar seus sintomas por meio de medicamentos para interromper o sono e ajustes no estilo de vida. Em casos mais graves, os médicos podem recomendar tratamentos preventivos.
Sintomas da enxaqueca:
- Dor de cabeça pulsátil e unilateral: a principal característica da enxaqueca é uma dor de cabeça intensa, pulsátil e geralmente localizada em um lado da cabeça. Também é muito comum sentir dor ao redor dos olhos ou têmporas.
- Duração prolongada: as crises de enxaqueca podem persistir por várias horas a vários dias.
- Sensibilidade à luz (Fotofobia): a luz intensa pode ser desconfortável ou até mesmo dolorosa para pessoas com enxaqueca, levando à sensibilidade à luz.
- Sensibilidade ao som (Fonofobia): sons altos ou irritantes podem intensificar a dor de cabeça em pessoas com enxaqueca.
- Aura: algumas pessoas experimentam uma “aura” visual antes da dor de cabeça propriamente dita. Isso pode incluir visão turva, pontos cegos, flashes de luz ou outros distúrbios visuais.
Causas da enxaqueca:
- Náuseas e vômitos: muitas pessoas que sofrem de enxaqueca experimentam náuseas e, em alguns casos, vômitos durante as crises.
- Estresse: preocupações excessivas, ansiedade, tensão, estresse podem desencadear enxaqueca.
- Jejum prolongado: o jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça. Longos períodos sem se alimentar podem gerar uma queda na taxa de açúcar do sangue e provocar a produção de substâncias que causam dor.
- Alimentação inadequada e excesso de cafeína: alimentos como chocolate, frutas cítricas, alimentos muito gelados (sorvetes), nozes, alimentos gordurosos, condimentados, ricos em glutamato monossódico (presente em salgadinhos, molhos, adoçantes), tomar muito café, bebidas cafeinadas (coca-cola, chás pretos), chocolates, e até mesmo analgésicos que contenham cafeína podem agravar as enxaquecas.
- Dificuldade de concentração: durante as crises, muitas pessoas têm dificuldade em se concentrar e realizar tarefas normais.
- Predisposição genética: é importante reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência, início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, de forma preventiva, evitando que as crises apareçam e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico.
- Estímulos ambientais: luz forte, sons altos, cheiros intensos e mudanças climáticas podem desencadear enxaquecas.
Estratégias de alívio:
- Medicação: analgésicos, antiinflamatórios não esteroides (AINEs) e medicamentos específicos para enxaqueca podem ser prescritos pelo médico.
- Descanso: descansar em um quarto escuro e silencioso pode ajudar a reduzir a sensibilidade à luz e ao som.
- Aplicações de compressas: compressas quentes ou frias podem proporcionar certo alívio.
- Hidratação: Beber bastante água pode ajudar, especialmente se a enxaqueca estiver relacionada à desidratação.
- Estabelecer uma rotina: Manter uma programação consistente para o sono, alimentação e exercícios pode ajudar a prevenir enxaquecas.
- Evitar desencadeadores: identificar e evitar gatilhos pessoais, como certos alimentos, bebidas ou situações, pode reduzir a frequência das enxaquecas.
- Práticas de relaxamento: Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga e pilates, podem ajudar a reduzir o estresse.
Tratamentos
O tratamento da enxaqueca varia de acordo com a intensidade dos sintomas e a frequência das crises. Por ser uma condição crônica, a enxaqueca não possui uma cura definitiva, mas é possível controlá-la. O objetivo principal geralmente é aliviar a dor, diminuir a frequência das crises de enxaqueca e melhorar a qualidade de vida.
De maneira ampla, existem duas abordagens distintas: o tratamento agudo, destinado a proporcionar intervalo rápido da dor, e o tratamento preventivo (profilático), que busca modular a dor para reduzir tanto a frequência quanto a gravidade dos episódios.
Em muitos casos, uma abordagem abrangente que envolve mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividade física, atenção à alimentação e redução do consumo de álcool, pode ser necessária. Além disso, o suporte psicológico pode ser recomendado quando se identifica que os fatores emocionais desempenham um papel significativo no desencadeamento das crises de enxaqueca.
A acupuntura também está ganhando reconhecimento como opção de tratamento complementar em diversos casos de enxaqueca.
A importância de procurar ajuda médica
Se ocorrerem mais de três episódios em uma semana ou se houver um uso frequente de analgésicos, é aconselhável procurar orientação médica para identificar a causa da enxaqueca e receber o tratamento adequado.
O neurologista é um dos profissionais mais indicados para consulta nesse caso. Como especialista, ele pode solicitar exames específicos e avaliar os sintomas. É importante notar que, em algumas situações, os sinais de condições graves podem ser confundidos com dores de cabeça e enxaqueca, como é o caso do AVC, conhecido popularmente como derrame cerebral.
Dada a diversidade de sintomas associados à enxaqueca, é crucial que o paciente preste total atenção e busque cuidados médicos adequados. Evitar a piora do quadro é essencial, pois condições de alta gravidade podem surgir. Portanto, não hesite em agendar uma consulta para investigar o seu caso o mais rápido possível e garantir uma boa qualidade de vida.