Problemas hormonais que mais afetam as mulheres

Os problemas hormonais que mais afetam as mulheres são um assunto comum no universo feminino. Porém, muitas vezes, os sintomas passam despercebidos. Mas, quando as alterações aparecem, podem ser desencadeadas por diversos motivos e em qualquer faixa etária.

Hormônios desempenham um papel muito importante em todo o corpo, interferindo nas funções da maioria dos órgãos. Eles são transmissores químicos produzidos nas glândulas endócrinas, células epiteliais e intersticiais.

Fatores como idade, ambiente em que se vive e predisposição genética são elementos que influenciam grandemente para um possível desequilíbrio hormonal. Qualquer variação hormonal pode causar vários sintomas no corpo feminino, que podem alertar sobre esse problema.

Conheça os problemas hormonais que mais afetam as mulheres

Excesso de insulina

A insulina é o hormônio secretado pelo pâncreas, responsável pela metabolização da glicose. Quando está em pequena quantidade no organismo, a insulina faz o papel anabólico e estimula o crescimento de tecidos. Porém, em maiores quantidades, pode gerar prejuízos à saúde.

Síndrome do ovário policístico

A Síndrome do ovário policístico (SOP) é um distúrbio hormonal que leva à formação de cistos nos ovários, aumentando seu tamanho. Essa disfunção, geralmente, provoca secreção excessiva de androgênios (hormônios masculinos). Essa síndrome também causa uma ovulação menos frequente e ciclos menstruais irregulares.

Segundo o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a Síndrome do Ovário Policístico afeta, aproximadamente, 7% das mulheres em idade reprodutiva.

Excesso de cortisol

O cortisol é popularmente conhecido como o hormônio do estresse. Quando está em quantidades adequadas, ele basicamente nos deixa atentos às situações de risco, mantendo a pressão arterial estável e diminuindo a queima de calorias para economizar energia. Ele afeta o metabolismo de proteínas, de ácidos graxos livres e da glicose.

Para se ter ideia das alterações do cortisol no corpo, ele acelera o ritmo cardíaco para que possamos correr mais rápido, dilata as pupilas e aumenta o açúcar no sangue, para pensarmos melhor.

Porém, quando um indivíduo é submetido a uma situação de estresse, o corpo não faz uma diferenciação dos momentos de perigo reais, e produz mais cortisol. O problema é que o excesso desse hormônio traz consequências como:

  • insônia;
  • alterações repentinas de humor;
  • maior propensão à convulsões;
  • perda muscular;
  • dentre outros.

Hipertireoidismo/ hipotireoidismo

A tireoide é uma glândula que fica na parte frontal do pescoço. Ela é responsável por produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Em níveis normais, eles são indispensáveis no desenvolvimento e bom funcionamento do sistema nervoso central.

O hipertireoidismo é um problema metabólico no qual, atacada pelo sistema imunológico, a tireoide produz hormônios em excesso. Os problemas desencadeados por essa disfunção hormonal incluem disfunções cardíacas e osteoporose.

Alguns sintomas do hipertireoidismo são:

  • perda de peso;
  • cansaço constante;
  • diarreia;
  • aumento da transpiração;
  • menstruação irregular;
  • infertilidade;
  • dentre outros.

Já no hipotireoidismo ocorre o inverso. A baixa produção do hormônio pela tireoide causa o aumento de peso e, em alguns casos, há o aparecimento de um nódulo no pescoço (bacio). Os sintomas se apresentam pela pele e cabelos ressecados, depressão mental, menstruações irregulares, dentre outros.

De forma geral, são diversos os sintomas que as alterações hormonais desencadeiam nas mulheres. Dentre eles, estão:

  • aumento e perda de peso;
  • suor excessivo;
  • esquecimento;
  • pele ressecada;
  • cabelos opacos e sem vida;
  • depressão;
  • problemas oculares;
  • hemorragia menstrual abundante ou muito longa;
  • dor na cintura, com inflamação no abdômen;
  • cólicas menstruais muito dolorosas;
  • dor no baixo ventre ou nos ovários;
  • perda de cabelo repentina;
  • acne no corpo e face;
  • cansaço excessivo durante o dia;
  • problemas digestivos;
  • insônia;
  • excesso de fome;
  • irritabilidade;
  • sensibilidade ao frio;
  • baixa libido.

Analisando este último fator, em um estudo conduzido pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São paulo (HCFMUSP), a baixa libido atinge 22% das mulheres de todas as idades. Na faixa de mais de 50 anos, estes índices ultrapassam os 40%.

Como evitar os problemas hormonais

O estilo de vida da mulher influencia diretamente em sua saúde. Fatores como estresse e problemas emocionais afetam diretamente o equilíbrio hormonal, podendo levar à consequências mais sérias. A alimentação correta também é essencial para evitar problemas com o metabolismo.

Um dos principais motivos dos problemas hormonais é a resistência à insulina, por isso, é importante evitar alguns alimentos em excesso. O sal, as comidas com muitos conservantes, o álcool e alimentos altamente alergênicos (como leite, açúcar e ovo) devem ser evitados ou consumidos em pequenas quantidades.

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para evitar desequilíbrios hormonais no corpo. Dentre elas, estão:

  • consumir alimentos e sucos antioxidantes;
  • aumentar o consumo de vitaminas A, B, principalmente o ácido fólico e a vitamina D;
  • aumentar as doses de magnésio, cálcio, zinco, iodo e ômega 3;
  • consumir óleo de linhaça e outros que contenham menor teor de gorduras e colesterol;
  • evitar carboidratos e açúcares;
  • prestar a atenção na quantidade de chumbo presente no seu batom (sim, a grande maioria deles contém chumbo, que podem aumentar o nível de cortisol);
  • evitar consumir bebidas que contenham álcool em dias seguidos, pois a substância aumenta o cortisol e retarda, temporariamente, o metabolismo;
  • praticar exercícios físicos regularmente;
  • reduzir o consumo de alimentos gordurosos;
  • controlar o estresse e a ansiedade.

Mudanças de hábitos são importantes no controle e manutenção do equilíbrio hormonal. Mesmo em casos onde as mulheres são afetadas em decorrência da genética, é imprescindível manter hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e evitar maiores complicações.

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